Metais: protegê-los antes do Inverno para tirar partido todo o ano

Metais: protegê-los antes do Inverno para tirar partido todo o ano

Como em todas as histórias, onde existe um herói há sempre um vilão.

E, no caso dos profissionais da área do metal, a corrosão encarna bem o papel do “lado negro” da força.

Genericamente conhecida por ferrugem, a corrosão metálica não é mais do que a transformação de um material ou liga metálica pela sua interação com agentes naturais, como o oxigénio e a água, resultando no seu desgaste – a camada avermelhada visível à superfície, gera a deterioração de materiais como peças, máquinas e ferramentas, com custos evitáveis que não devem ser desconsiderados.

Estima-se que 30% da produção mundial de aço seja usada na reposição de estruturas, equipamentos e instalações metálicas deterioradas pela oxidação, corrosão e ferrugem, uma percentagem que diz bastante sobre a importância da manutenção, numa industria presentemente muito penalizada pela pandemia.

À medida que a transição para os meses frios e húmidos se aproximam, aumenta também a necessidade de se salvaguardarem os metais, através da aplicação de camadas protetoras que funcionam a favor do material e do desempenho do profissional. Peças móveis que sofram corrosão, por falta de verificação e proteção ao longo do tempo, podem prender e deixar de se mover, tornando os equipamentos inoperáveis. Por outro lado, a utilização de equipamento enferrujado torna o ambiente de trabalho perigoso, algo a evitar a todo o custo. Por este motivo, sempre que possível, o armazenamento em locais secos e protegidos da exposição direta à luz é recomendado.

Ferrugem

Ferrugem: níveis e especificidades

O ferro e as suas ligas (como o aço e o ferro fundido) são sólidos e acessíveis em preço, mas enferrujam facilmente com o tempo. Já os metais galvanizados (como o alumínio e o zinco) sofrem um tratamento onde é criada uma camada que reduz o processo de corrosão, sendo mais duradouros, mas também um pouco mais caros. Em qualquer dos casos, o isolamento e a pintura são válidos para que os metais se conservem e durem.

Independentemente do tipo de superfície metálica que se queira proteger – um portão, o motor de um barco, um banco de jardim, uma máquina de ar condicionado, um gradeamento, um passadiço ou um kit de ferramentas -, o cuidado deve contemplar um fator essencial: o nível de corrosividade a que estão sujeitos.

Zonas geográficas diferentes resultam em níveis de corrosividade díspares, uma vez que tanto a humidade, como a poluição da atmosfera e até a radiação ultravioleta variam bastante. A própria proximidade com áreas costeiras implica fortemente na proteção que deve ser considerada para os vários metais e, nesse sentido, o profissional tem na escala C1 (corrosividade muito baixa) a C4 (corrosividade alta) uma ajuda na definição do esquema de pintura adequado.

Trator Spray Quattro Indústria alimentar

Limpar e pintar para durar

Quando os metais apresentam corrosão, a proteção só vai funcionar se houver uma limpeza prévia, que ajude a preparar o material para a aplicação de primários. Quer através de procedimentos manuais (como a lixagem, raspagem ou escovagem), quer de procedimentos mecânicos (com discos abrasivos, escovas rotativas), ou ainda de procedimentos químicos (com detergentes e solventes para desengorduramento), a promoção da adesão do acabamento passa, necessariamente, pelo cuidado na aplicação da camada que fica entre o metal e a tinta. Podendo ser aplicado com trincha, rolo ou pistola, o primário permite um enchimento antes do acabamento fornecido pela tinta. Embora se trate de um produto não visível, faz toda a diferença na durabilidade e resistência dos metais aos efeitos da corrosão.

Depois da aplicação do primário ou esmalte, a escolha da tinta para metal deve contemplar a utilização interior ou exterior dos materiais que se querem proteger. Um equipamento agrícola está naturalmente mais exposto aos elementos do que um set de ferramentas guardadas numa oficina, por isso, também o número de demãos da tinta deve variar consoante o objetivo pretendido.

Mesmo nos casos em que o metal já apresenta ferrugem, não significa que esteja necessariamente perdido. Para travar o processo basta aplicar um conversor ou neutralizador de ferrugem, como o Rost Converter, que penetra e reage diretamente com a ferrugem e funciona como isolante, ao converter o óxido de ferro num complexo metálico orgânico estável e insolúvel.

Para o profissional que procura uma solução integrada, o spray Quattro é, como o próprio nome indica, uma alternativa que garante uma proteção anticorrosiva, primário e tinta de acabamento final, estando disponível em 20 cores diferentes. Independentemente do tipo de material e proteção desejada, a conservação de metais deve sempre prever a segurança de quem a realiza. Assim, para o melhor resultado possível, recomenda-se que o trabalho seja feito em locais com boa renovação de ar, assistido de máscara se os produtos implicarem a utilização de pistola e tendo em conta a temperatura ambiente e a humidade do dia escolhido para a intervenção - abaixo dos 10°C, acima dos 30°C ou com mais de 80% de humidade não estão reunidas as condições ótimas para se prevenir o reaparecimento da ferrugem.