A mobilidade mudou e o futuro precisa da assistência certa
A mobilidade mudou e o futuro precisa da assistência certa
Depois de anunciar a intenção de, até 2025, eletrificar pelo menos 50% das viagens na plataforma, a pioneira dos TVDE em Portugal comunicou uma parceria para incentivar os motoristas a substituírem veículos movidos a combustão fóssil por carros elétricos.
Longe de ser caso único das mudanças em curso no setor da mobilidade, este exemplo reflete, por um lado, a preocupação com a utilização de energia de fontes renováveis (por via da redução das emissões de CO2, como previsto no novo acordo da Conferência do Clima da ONU COP21 ) e, por outro, a adaptação dos negócios a um mercado em franca ascensão. Não tenhamos dúvidas: a evolução é elétrica e a mobilidade do amanhã economiza energia e é amiga do clima.
Responsáveis por 25% das emissões europeias de CO2 para a atmosfera, os veículos motorizados – e entre eles, os transportes, nos quais se incluem as frotas das plataformas modernas de mobilidade – estão no centro de uma equação complexa, que prevê a mudança da geração de viaturas impulsionadas a energia fóssil para a dita energia limpa.
À medida que limitações como a capacidade e os tempos de carregamento das baterias se vão tornando obstáculos do passado, a procura do público por soluções económica e ambientalmente eficientes intensifica-se e esta transformação do parque automóvel requer especialistas familiarizados com as novas especificidades.
Se pensarmos que em 2012 existiam cerca de 130 mil veículos elétricos em todo o mundo e que, em 2018, esse número cresceu para mais de 2 milhões, percebemos que o boom da mobilidade elétrica já começou e que a necessidade de infraestruturas confiáveis (de carregamento, manutenção e reparação) vai aumentar drasticamente.
Cada vez mais clientes particulares e empresariais contam com veículos movidos a eletricidade para garantirem resposta às suas necessidades, realidade que não passa despercebida nem à indústria automóvel nem aos seus maiores parceiros.
Assumido como o veículo que é alimentado por eletricidade, independentemente da opção de carga (híbrida, com motor de combustão interna e bateria, ou totalmente elétrica), o veículo elétrico tem, através de cada fabricante, um motor diferente.
Para manterem e consertarem adequadamente os veículos elétricos (baterias, motores e todos os dispositivos elétricos associados), as oficinas e reparadoras automóveis precisam de ferramentas, consumíveis e de especialistas bem treinados para a nova mobilidade – a chamada E-Mobility.
Falar em eletricidade é sinónimo de falar em tensão, pelo que os regulamentos, métodos e requisitos (nomeadamente de segurança) para veículos elétricos diferem dos demais, e até entre si, consoante se trate de um veículo parcialmente elétrico ou puramente elétrico.
Ao contrário dos veículos tradicionais, a tensão elétrica de muitos híbridos e elétricos ascende aos 600V e pode causar danos na saúde de quem neles opera. Por isso, nas oficinas, tanto a fita adesiva de sinalização como os autocolantes de aviso de alta tensão são importantes aliados da segurança, uma vez que delimitam a zona de trabalho associada à viatura e advertem as equipas contra acessos indevidos.
Preparar as ferramentas e os equipamentos de proteção individual antes de iniciar qualquer abordagem ao veículo deve fazer parte da rotina de manutenção ou reparação de qualquer elétrico. Para esse efeito, óculos de segurança , luvas de proteção contra alta tensão e botas de segurança , além de ferramentas isoladas, como o conjunto de chaves de parafusos de precisão VDE não podem faltar.
Equipamentos adicionais como um multímetro digital e um busca-pólos bipolar também devem ser considerados para proceder aos testes necessários.
A somar às ferramentas e equipamentos utilitários, a formação dos mecânicos e técnicos das oficinas, nomeadamente em média e alta tensão, vai ser cada vez mais útil e requisitada. Acompanhar as tendências da mobilidade vai, antes de tudo o resto, desafiar a conhecer o funcionamento dos sistemas e a mergulhar já hoje no futuro.
